Resenha: “Mentes Perigosas” de Ana Beatriz Barbosa Silva

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3-estrelas

Título: Mentes Perigosas
Autora: Ana Beatriz Barbosa Silva
Editora: Fontanar
Ano: 2008

Sempre fui fascinado por assuntos relacionados à mente humana, portanto, quando finalmente tive a oportunidade de pegar emprestado uma edição de “Mentes Perigosas”, o fiz de imediato. A capa (e toda a coleção de livros da autora) sempre me pareceram interessantes por trazer para a lista de mais vendidos um livro que tratasse de assuntos dessa área. Aqui estão algumas observações que fiz durante a leitura.

Embora se mostre muito distante da perfeição, a natureza humana apresenta-se muito mais governada por um senso de responsabilidade e interconectividade. Dessa forma, os horrores a que assistimos na televisão ou, às vezes, em nossas próprias vidas, em hipótese nenhuma refletem a humanidade típica.

Meus destaques:

  •  No começo do livro temos a impressão que a autora é um pouco maniqueísta, mas eventualmente ela explora os conceitos de “bom” e “mal”, tornando mais plausíveis os argumentos dela.
  • A autora alterna entre explicações técnicas (seja no âmbito da psicologia ou do direito) e histórias que ilustram o seu ponto. Acredito que por isso, tenha se tornado um livro tão popular.
  • Por vezes, o livro beira o sensacionalismo ao criar um “pânico” sobre o assunto. Até o próprio subtítulo deixa isso claro. É importante ativar o senso crítico durante a leitura.
  • A parte que eu mais esperei, os casos reais e famosos, não decepcionou. Bem informativo e bem narrado.
  • Um ponto interessante que é tratado no livro é quando ele fala das implicações sociais que a psicopatia pode causar, como guerras, por exemplo.
  • O final do livro me parece mais uma compilação de opiniões coletivistas e moralistas. Discordo da opinião da autora em diversos pontos, principalmente quando ela sugere a diminuição da individualidade (procura da felicidade) pelo fortalecimento do coletivismo.
  • No geral, o tom do livro é de “esperança na humanidade”. Isso é baseado, geralmente, na informação de que apenas 4% da população pode ter esses transtornos.

Vale a pena comprar? No fim das contas, é um livro com informações e casos interessantes que se perde um pouco ao divagar demasiadamente nas opiniões pessoais/políticas da autora.


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