Resenha: “Outros Jeitos de Usar a Boca” de Rupi Kaur

Capa do livro Outros Jeitos de Usar a Boca de Rupi Kaur.

🧠🧠🧠🧠 (4/5)

Título: Outros Jeitos de Usar a Boca
Autora: Rupi Kaur
Editora: Planeta
Ano: 2017

Acredito que a coisa mais divertida de ler um livro de poesias (e eu tinha esquecido disso, confesso) é ler o mesmo poema diversas vezes. Quando você acaba o livro, pode praticamente dizer que releu aquela obra diversas vezes. A leitura calma, reflexiva, de poesias deveria ser algo mais comum na vida de todos.

Você pode não ter sido meu primeiro amor mas foi o amor que tornou todos os outros amores irrelevantes.

  • Os poemas, em sua maioria, são curtos. O que complementa a experiência e torna a leitura de um tema pesado consideravelmente mais leve.
  • A temática do livro é pesada e, possivelmente, um trigger (gatilho emocional) para pessoas que passaram pelos mesmos traumas de Rupi Kaur.
  • A autora traz o leitor, seja ele de qualquer gênero, para dentro de seu corpo e mente transmitindo tanto sentimentos negativos como dor e asco, como também prazer e completude.
  • Na parte “O Amor” é praticamente impossível não suspirar. Lindos textos, por vezes passíveis de inúmeras interpretações.
  • É um livro sobre autoconhecimento através de traumas e experiências. Ele coloca o dedo na ferida e serve de terapia para consolar a dor da autora.
  • Li “Outros Jeitos de Usar a Boca” no Kindle, e mesmo sem conhecer a diagramação original do livro, parece ter recebido muita atenção por conter ilustrações interessantes que complementam e/ou ilustram o sentido das poesias.

Vale a pena comprar? Eu acredito que sim. A acidez com que a autora conversa sobre a própria vida, contando experiências traumáticas, ilustra bem o tom do livro. É um livro de poesias, mas é intimista e, além de tudo, desperta uma curiosidade de saber o que vem a seguir.

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Conheça “Historinhas #4”

Foi lançado o quarto volume da série “Historinhas”! Confira a capa:

Historinhas 4

Disponível na Amazon e Kindle Unlimited

“Historinhas” é uma antologia de pequenas histórias sobre situações, pessoas e sentimentos. São textos com tendências obscuras, violentas e angustiantes. A intenção é fazer o leitor se imaginar naquela situação e refletir como seria a sua reação pessoal com aquilo. “Historinhas” é algo que deve ser engolido devagar para evitar indigestões.

Cada volume tem dez capítulos. Cada capítulo, uma historinha.

Não conhece a série Historinhas? Clique aqui para conferir todos os volumes.

 

Hiatus

tempo

Olá, leitores!

Senti a necessidade de conversar com vocês sobre as razões que me fizeram desaparecer do mapa nas últimas semanas.

Após uma ressaca literária terrível, meu ritmo de leitura desandou completamente e fez com que eu atrasasse a produção de resenhas da maneira que eu estava acostumado. Cheguei a escrever outras, porém não consegui sentir a mesma qualidade.

Vejo as visitas diárias ao blog crescendo, mesmo após semanas de inatividade. Isso me deixa alegre, pois sei que as resenhas que foram feitas anteriormente estão chegando a novos públicos; mas também fico um pouco desapontado pois essa seria a hora ideal para investir tempo e esforço no GATILHO.

Para evitar a perda de qualidade nos textos, parei a produção e estou focando nas minhas leituras individuais (sempre fazendo anotações para quando eu voltar a escrever, claro). Como eu falei no Blogaholic #10,

Blogar é um hobby, então quando passa a ser uma obrigação que te deixa cansado, talvez seja hora de rever o que você vem produzindo e considerar focar em outras coisas — mesmo que temporariamente.

O trabalho de manter um blog pode se tornar bem irritante, se você sentir que está fazendo isso por qualquer motivo que não seja o que te levou inicialmente a criar este projeto.

Ainda estou tentando convocar uma equipe de autores que queiram ter colunas semanais/quinzenais/mensais, mas até o momento não obtive sucesso. Se você quiser fazer parte do GATILHO, entra em contato comigo e nós podemos conversar.

Voltarei em breve com as resenhas e séries de posts, mas, por enquanto, preciso de um tempo para reorganizar as ideias.

Até o próximo post 🙂

 

 

Resenha: “Pá de Cal” de Gustavo Ávila

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Título: Pá de Cal
Autor: Gustavo Ávila
Editora: publicação independente
Ano: 2015

Quem acompanha o GATILHO há algum tempo, sabe que eu já resenhei uma obra do Gustavo Ávila chamada “O Sorriso da Hiena”. Foi uma das leituras mais legais que fiz nos últimos anos, muitíssimo divertida e curiosa. O que ninguém sabe é que bem antes de comprar minha edição do “Sorriso”, eu já tinha adquirido “Pá de Cal” na Amazon. Por algum motivo, comecei a ler a novela e abandonei pouco tempo depois.

Retomei a leitura e qual não foi a minha surpresa ao encontrar mais um ótimo texto de Gustavo Ávila. Claro que eu não podia deixar de indicar aqui no blog, né?

A atenção da garota voltou para si mesma quando sentiu um toque em seu braço. Uma mão plastificada esfregava um pedaço de algodão na dobra interna do seu cotovelo. Sentiu leves batidinhas na pele. A pessoa procurava sua veia. Logo em seguida, uma picada. Demorada e profunda. Viu a ampola da seringa sugar seu sangue e se misturar ao líquido do seu interior, para depois ver toda a substância ser injetada lentamente no seu corpo. Sentiu uma faixa de couro sendo enrolada na cabeça com algo frio pressionando suas têmporas. Mesmo sob o efeito da droga, tentou esboçar uma palavra, mas os músculos respondiam com lentidão. Um mordedor foi enfiado dentro da boca. O desconhecido que aplicara a injeção se afastou com dois passos para trás e, um segundo depois, sentiu a corrente elétrica percorrendo seu corpo.

Meus destaques:

  • Os personagens são tratados como números (1, 2, 3…). Isso pode tornar a leitura confusa algumas vezes. Eu interpretei isso como algo proposital, já que a intenção da história é, inicialmente, causar confusão.
  • A edição do livro é independente. Isso nem sempre quer dizer que terá erros, mas infelizmente nesse caso podemos observar alguns (poucos) deslizes da revisão. Não é nada que prejudique o entendimento, mas achei válido pontuar. Tem gente que se importa com isso bem mais do que eu.
  • As cenas de ação são bem escritas e muito descritivas. É quase como imaginar uma cena de filme (curiosamente eu fiz um elogio muito parecido na resenha de “O Sorriso da Hiena”; começo a notar um ótimo padrão na escrita do autor).
  • A ambientação do livro é bem interessante. Lembra cenas de filmes de ficção científica futurista. É um pouco abstrato pensar em um mundo inteiramente branco, mas as descrições de ambiente que o autor realiza são bem inteligentes.
  • Entendi o conto (ou novela?) como uma crítica a nossa necessidade de dormência emocional. Uma reflexão interessante pra saber a razão de procuramos tantas distrações o tempo todo, para nos livrarmos momentaneamente de momentos ruins. Eventualmente esquecendo a nossa identidade.

Vale a pena comprar? Por ser muito barato, definitivamente vale a pena fazer essa leitura. Pode se tornar um pouco confuso em muitos momentos, mas é uma leitura que tem uma resolução interessante – pelo menos na minha opinião.


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Resenha: “Mentes Perigosas” de Ana Beatriz Barbosa Silva

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Título: Mentes Perigosas
Autora: Ana Beatriz Barbosa Silva
Editora: Fontanar
Ano: 2008

Sempre fui fascinado por assuntos relacionados à mente humana, portanto, quando finalmente tive a oportunidade de pegar emprestado uma edição de “Mentes Perigosas”, o fiz de imediato. A capa (e toda a coleção de livros da autora) sempre me pareceram interessantes por trazer para a lista de mais vendidos um livro que tratasse de assuntos dessa área. Aqui estão algumas observações que fiz durante a leitura.

Embora se mostre muito distante da perfeição, a natureza humana apresenta-se muito mais governada por um senso de responsabilidade e interconectividade. Dessa forma, os horrores a que assistimos na televisão ou, às vezes, em nossas próprias vidas, em hipótese nenhuma refletem a humanidade típica.

Meus destaques:

  •  No começo do livro temos a impressão que a autora é um pouco maniqueísta, mas eventualmente ela explora os conceitos de “bom” e “mal”, tornando mais plausíveis os argumentos dela.
  • A autora alterna entre explicações técnicas (seja no âmbito da psicologia ou do direito) e histórias que ilustram o seu ponto. Acredito que por isso, tenha se tornado um livro tão popular.
  • Por vezes, o livro beira o sensacionalismo ao criar um “pânico” sobre o assunto. Até o próprio subtítulo deixa isso claro. É importante ativar o senso crítico durante a leitura.
  • A parte que eu mais esperei, os casos reais e famosos, não decepcionou. Bem informativo e bem narrado.
  • Um ponto interessante que é tratado no livro é quando ele fala das implicações sociais que a psicopatia pode causar, como guerras, por exemplo.
  • O final do livro me parece mais uma compilação de opiniões coletivistas e moralistas. Discordo da opinião da autora em diversos pontos, principalmente quando ela sugere a diminuição da individualidade (procura da felicidade) pelo fortalecimento do coletivismo.
  • No geral, o tom do livro é de “esperança na humanidade”. Isso é baseado, geralmente, na informação de que apenas 4% da população pode ter esses transtornos.

Vale a pena comprar? No fim das contas, é um livro com informações e casos interessantes que se perde um pouco ao divagar demasiadamente nas opiniões pessoais/políticas da autora.


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Blogaholic #10: Se divirta!

Blogaholic 10

Este é o último post da série Blogaholic e eu espero (muito) que vocês tenham gostado. Espero, no futuro, desenvolver outras séries com os mais diversos temas. Aceito sugestões.

Agora eu vou conversar com vocês sobre a coisa mais importante durante o processo de criação e manutenção de um blog: a diversão. Blogar é um hobby, então quando passa a ser uma obrigação que te deixa cansado, talvez seja hora de rever o que você vem produzindo e considerar focar em outras coisas — mesmo que temporariamente.

O trabalho de manter um blog pode se tornar bem irritante, se você sentir que está fazendo isso por qualquer motivo que não seja o que te levou inicialmente a criar este projeto. Por isso é muito importante que você mantenha o foco, mas sempre tentando diversificar o seu conteúdo.

Pense sempre o seguinte: eu acompanharia esta página? É isso que me atrai? Eu me leria? Se a resposta for sim, então boa parte do trabalho já está feita. Fazer um conteúdo interessante para si mesmo é o primeiro passo para fazer textos legais que despertem interesse.

Não escreva com preguiça ou com raiva. Isso transparece no seu material. Espere um momento melhor, em que sua mente esteja mais “fresca” para produzir. Os leitores preferem assim, garanto. Falo por experiência própria.

Já li postagens em que o texto parecia totalmente mecânico, sem uma gota de inspiração. Isso fez com que eu desistisse da leitura e, provavelmente, do blog. Eu mesmo já cometi esse erro e percebi que era normal que, nesses conteúdos, eu não quisesse nem mesmo revisar para não ter sequer o trabalho de reler. É como uma bola de neve, a tendência é piorar e deixar a qualidade diminuir.

Pode parecer uma dica batida, mas é importante que você escreva algo que você gostaria de ler. Esse critério pode ser muito útil. Edite, corte, delete. Já passei por momentos que estava com pouca vontade de escrever uma resenha, por exemplo, então preferi deletar o post e seguir adiante.

Blogs não estão mais “em alta” como estavam antigamente, você deve ter percebido. Ainda assim, existe um público fiel que não liga pra isso e prefere saber o que você pensa ao ler uma postagem divertida e/ou inteligente. O importante, no fim das contas, é se expressar.


Obrigado a todos que opinaram no post de brainstorm no Facebook (na época que Blogaholic ainda estava apenas no campo das ideias) e aos que acompanham o blog. Fiquem de olho nas próximas novidades que vão aparecer por aqui!


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Blogaholic #9: Peça ajuda

Blogaholic 9

Em qualquer aspecto da vida acho necessário que não se tenha vergonha de pedir ajuda. Afinal, ninguém é onipresente, onipotente e onisciente.

Ao manter um blog, você vai ver que é necessário pedir um help eventualmente, seja para fortalecer a frequência ou até mesmo na criação de posts pra redes sociais. E não tem nada de errado nisso, é óbvio.

Já falei sobre parcerias no Blogaholic #4 e acho que é um meio bem válido de se ajudar com a divulgação, pelo menos. De qualquer forma, na blogosfera é praticamente impossível crescer sozinho. Pode acontecer, claro. Mas é muito difícil. E acho que pouco divertido, no fim das contas.

Outro método é pedir a colaboração de outras pessoas para o seu blog. Conseguir editores não é uma tarefa fácil, pois nem todos terão o mesmo grau de comprometimento que você tem com o seu projeto. Isso é óbvio. As pessoas podem dizer que vão participar, mas só quem criou o blog e sabe as visualizações e o planejamento (a médio e longo prazo) acaba ficando com a tarefa de escrever incessantemente.

Não fique frustrado se isso acontecer. Repetindo: colaboração não é uma tarefa fácil. Cada pessoa produz em um tempo diferente e nem todos conseguem ter a disciplina necessária para criar uma armadura (ver Blogaholic #3), por exemplo.

Ainda assim, vale a pena tentar. Se você tiver pessoas de confiança que tenham experiência ou pelo menos força de vontade para te ajudarem, vá em frente.

Sempre tento passar a mensagem de que é extremamente importante ter uma diversidade de opiniões ao seu redor. Alienação nunca é uma coisa boa. Um exemplo disso acontece, por exemplo, com escritores que têm beta-readers (pessoas que lêem os materiais antes de serem publicados). É com esse feedback que conseguimos construir, aos poucos, uma equipe confiável que conhece o seu estilo e a proposta do seu blog.

Esteja cercado de pessoas que você confia.


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Blogaholic #8: Mantenha contato

Blogaholic 8

Já falei algumas vezes sobre a necessidade de conhecer o seu público, mas ainda mais importante do que isso é manter uma relação amigável com eles.

É imprescindível que você se comunique com seus potenciais leitores, converse com eles nas redes sociais, escute suas ideias — às vezes é interessante analisar se o que eles querem ver no seu blog condiz com o que você gosta de escrever.

Um das melhores maneiras de ter um termômetro sobre o que você está produzindo é através dos comentários no seu blog. Entretanto, comentários podem ser a coisa mais difícil de conseguir (e uma das mais frustrantes) para blogueiros. Leitores eventuais não comentam nos posts, apenas visualizam. Isso pode parecer estranho mas é um comportamento normal.

Uma maneira de saber o que as pessoas pensam sobre o seu blog é participar de grupos no Facebook (ou Whatsapp, se você tiver paciência) com outros blogueiros, para que vocês comentem nos blogs uns dos outros. Não é o clássico caso do “segue de volta” automático. Nesses grupos, as pessoas realmente lêem os seus posts e vêem o seu blog de uma maneira que só outro blogueiro enxergaria.

Os “grupos de comentários” vão muito além de só aumentar o número de comentários nas postagens ou de visitas no seu blog; ajuda em duas coisas: a primeira função é para você conhecer as tendências (como já falei no Blogaholic #2) e outra é aprimorar o seu senso crítico. Os feedbacks podem te ajudar a identificar erros e a consertá-los antes do próximo post.

Sei que isso é batido mas vale a pena repetir, por uma boa causa: críticas negativas nem sempre são… negativas. É normal que o nosso ego insista que o nosso ponto de vista é mais agradável ou interessante, mas que tal dar uma chance a algumas mudanças? Na prática, você tem a liberdade de experimentar. Se não gostar, volte a fazer o que sempre fez.

Também tente responder todas as mensagens privadas que receber no email, DMs, replies ou no Messenger. Aqui é importante ressaltar a relevância da empatia: ninguém gosta de ser ignorado, nem você. Se alguém se deu ao trabalho de falar com você, essa pessoa merece no mínimo uma resposta, certo?

Se expresse livremente nos seus posts, mas escute o que os outros têm a dizer.


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Blogaholic #7: Use as redes sociais a seu favor

Blogaholic 7

No Blogaholic anterior eu falei que existem maneiras inteligentes de trazer a persona para a sua página. Aqui, eu vou falar sobre alguns comportamentos ruins que podem afastar as pessoas de você e atitudes boas que podem te fazer aparecer de maneira positiva.

O algoritmo do Facebook é um saco. Sério. Ele não faz as suas postagens chegarem aos seus curtidores, então isso pode dificultar a sua divulgação e exigir de você um dinheiro para impulsionamento que talvez você não possa gastar. Isso faz com que alguns blogueiros e escritores (estou falando disso pois estou diretamente inserido nesse contexto) criem grupos de divulgação. A minha dica pra você é…

Não faça isso. Principalmente se estiver nos seus planos adicionar o máximo de pessoas possível sem a permissão delas. Grupos geram notificações e postagens na timeline. Essas coisas provavelmente afastam as pessoas da sua obra ou página e faz com que elas criem resistência ao assunto tratado.

Do mesmo jeito que marcar trezentas pessoas num post também vai irritar as pessoas e fazer com que elas te bloqueiem. Você pode não se importar que as pessoas façam isso com você, mas a maioria das pessoas sim.

Não seja insistente ou spammer (colando seus links em todos os posts que aparecerem na sua frente). Que tal conversar com as pessoas e falar sobre a sua proposta pra elas?

Veja o gráfico abaixo:

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É necessário você ter em mente que para divulgar alguma coisa, é preciso saber o meio termo entre a mensagem que você quer passar e o que o seu receptor quer ouvir. Só é possível conhecer esse meio termo a partir de estudos e conversas.

Às vezes pode ser mais enriquecedor ter um diálogo com alguém sobre uma temática interessante, do que só garantir uma visualização a mais no seu blog. Isso não significa que você vai se aproximar das pessoas com um interesse por trás. Apenas seja humano, converse, escute as pessoas. Se elas virem que você é gente boa, naturalmente vão querer saber mais sobre os seus projetos.

Não coloque o carro na frente dos bois e seja gentil. Empatia nunca é demais.


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Blogaholic #6: Escolha suas batalhas

Blogaholic 6

Você conhece o Mito de Sísifo? Consiste basicamente na história de um homem que depois de morrer teve a alma condenada a “rolar uma enorme pedra até o alto de um morro, mas quando já se encontrava bem avançado na encosta, a pedra, impelida por uma força repentina, rolava de novo para a planície. Sisífo empurrava de novo morro acima, coberto de suor, mas em vão.” (BULFINCH, 2006, p. 260). Isso por toda a eternidade.

Falei disso pois achei necessário escrever um tópico sobre como é importante escolher as suas batalhas. Não gastar energia em coisas desnecessárias. É preciso saber onde o seu público está e quais meios de divulgação do seu blog são mais eficientes.

Já falei que é necessário conhecer o seu comportamento (para saber o jeito que você trabalha e as suas forças) e o do seu público. Quebre a cabeça tentando criar uma pessoa imaginária. É o que, na publicidade, chamamos de “persona”. Alguém que, se existisse, poderia chegar até a sua página. Que redes sociais ela acessa? Que tipo de post chama mais atenção dela? Que tipo de coisa faz com que ela busque uma resenha ou um blog literário, por exemplo?

Durante algum tempo, quando voltei a postar periodicamente no meu blog, gastei muita energia e dinheiro na página do Facebook, por exemplo, até perceber que não era o melhor lugar. Descobri então que o Instagram e até mesmo o meu perfil pessoal do Skoob eram lugares melhores.

Digo “energia” pois nunca tive exatamente um talento para direção de arte. Não consigo fazer imagens para post tão atraentes quanto outras pessoas, então isso fazia com que eu passasse horas tentando criar algumas coisas que, no fim das contas, não ficavam bonitas. Penso que poderia ter investido o meu tempo em escrever mais posts e em conversar com outros blogueiros.

Resumo da história: deixei de “fazer o Sísifo” e praticamente abandonei a página oficial do blog no Facebook. Não gerava resultados. O Facebook pode sim ser utilizado, mas vamos pensar na “persona”. Existem maneiras mais inteligentes de chegar até ela.

Escolha as suas batalhas e seja mais produtivo nas coisas certas.

Referência: BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia: história de deuses e heróis. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.


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Blogaholic #5: Diversifique

Blogaholic 5

Durante o ano passado, estive afogado em obrigações, o que me impossibilitou de criar novas postagens periódicas sem que isso deixasse o blog “bagunçado” e aleatório. Apesar disso, tentei acompanhar as tendências (como já falei no Blogaholic #2) e descobri formatos que são simples de serem produzidos e fazem exatamente isso: diversificam o conteúdo do seu blog.

Okay, você pode falar apenas sobre o assunto a que se propôs inicialmente. Mas tente experimentar novas formatações. Sempre é possível interromper o que você não gostar, essa é a graça de ter a sua página. Existe liberdade para criar, testar e reaproveitar coisas que seu público pode (ou não) aprovar.

Isso, além de aumentar a sua diversidade de conteúdo, ainda torna o trabalho de blogar menos entediante. Fazer só resenhas, por exemplo, pode se tornar chato em pouco tempo. Que tal dar dicas de hábitos de leitura, fazer listas, participar de TAGs e tantas outras coisas? As possibilidades são infinitas, dependem exclusivamente da sua criatividade e de suas referências.

O único aviso que posso deixar é: tenha cuidado apenas para não afastar o público que já te acompanha pelo seu conteúdo original. Não há nada de errado em prospectar uma audiência diferente, mas faça mudanças com cautela. Planejamento, nesse caso, é bem importante. Se você fosse um leitor assíduo do seu blog, gostaria das mudanças que estão ocorrendo? Se a resposta for sim, vá em frente!

Observe o comportamente do seu público, converse com outras pessoas, peça opiniões e comentários. A série Blogaholic surgiu de uma ótima conversa que tive com um dos meus parceiros, o Lyncon Moreira do blog Eletronic Maze.

É fundamental que você se mantenha aberto a adaptações. Essa é uma das melhores características dos seres humanos: a capacidade de se adaptar aos mais diversos ambientes e fazer o melhor com o que há disponível ao redor.

Deixar a sua mente aberta é crucial.


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Blogaholic #4: Faça parcerias

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Sempre fiz parcerias. Mesmo quando não sabia exatamente como me engajar com os parceiros de uma maneira diferente, sempre troquei banners, links, postagens, etc.

Parcerias ajudam o seu blog a crescer. É importante saber selecionar exatamente que sites podem te trazer mais visitas e quais estão relacionados com a temática do seu blog. Nessa parte, é importante desenvolver a sua capacidade de prospecção.

Aqui no GATILHO, por exemplo, eu costumo utilizar principalmente o Instagram para a divulgação do meu blog. Então, é plausível que a maioria dos meus parceiros seja composta de perfis dedicados à literatura ou cultura pop em geral. O público é semelhante. Já os blogs parceiros, além de tratar de literatura e cultura pop, contém materiais de autores independentes ou notícias.

Procure sempre citar os seus parceiros em suas postagens em redes sociais, além de participar ativamente de suas postagens (seja com uma simples curtida ou um comentário; isso é essencial para manter uma boa relação e fugir da simples troca de banners que não gera resultados para nenhum dos dois).

Se você quiser investir, que tal fazer uma promoção conjunta com seus parceiros? Já vi exemplos de blogs literários que se juntam para divulgar promoções que dão excelentes resultados em questão de engajamentos.

É possível também criar parcerias com autores, mas nesse ponto um aviso é importante: não se encha de obrigações que não poderá cumprir. De que adianta fazer parcerias com trezentos autores se você, por algum motivo, prefere seguir as próprias leituras sem obrigação com outras pessoas?

Se algo de errado acontecer, comunicação é o ponto chave. Converse com seus parceiros e explique o problema. É possível resolver as coisas de maneira mais simples se houver diálogo entre as partes envolvidas.

Seja sincero com você mesmo e com seu ritmo de postagens. Evite criar falsas ilusões.


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Resenha: “No Sufoco” de Chuck Palahniuk

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Título: No Sufoco
Autor: Chuck Palahniuk
Editora: Leya
Ano: 2015

Só Deus sabe há quanto tempo que eu queria fazer essa resenha. Passei literalmente anos paquerando esse livro e acho que não poderia ter lido em época melhor.

Ler Chuck Palahniuk sempre é uma experiência muito positiva. Além de poder aproveitar uma bela narrativa, suas obras sempre têm muito conteúdo informativo sobre as bizarrices do mundo. Torna tudo ainda mais legal.

Sem ter acesso ao verdadeiro caos, nunca teremos paz de verdade. A não ser que tudo fique pior, nada vai ficar melhor.

Meus destaques:

  • Como eu disse anteriormente, os livros de Palahniuk sempre contém muita informação sobre as mais aleatórias (e estranhas) particularidades. É como ler um “Guia dos Curiosos infernal”. E isso é estranhamente bom.
  • Algo que Palahniuk sempre se empenha é na construção dos personagens. Nenhum deles é exatamente o que você pensa. Todos têm camadas e camadas de personalidade que são descobertas durante a leitura. O protagonista, Victor Mancini, é um poço de inseguranças e problemas psicológicos. Bem interessante de acompanhar.
  • Não é um livro fácil. Loucura e sanidade mental são temas recorrentes. É importante que sua mente esteja aberta para a imersão que o autor propõe.
  • O livro tem tramas paralelas bem desenvolvidas (como o amigo do Victor, Denny, que carrega pedras incessantemente para lidar com seu vício em sexo). Isso demonstra o trabalho que Chuck teve em lapidar o livro da forma mais completa possível, na minha opinião.
  • Meu “No Sufoco” está repleto de post-its, o que significa que tem inúmeras passagens intrigantes.

Vale a pena comprar? Definitivamente, sim! “No Sufoco” é um daqueles livros que te fazem viajar numa imersão completa. É uma história maluca, violenta, pesada e incrível. Do jeito que toda obra do Chuck Palahniuk tem que ser.


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Wishlist: Desejados da Semana

#1 – “Jantar Secreto” de Raphael Montes (Companhia das Letras)

418dhpw3axl-_sx331_bo1204203200_“Um grupo de jovens deixa uma pequena cidade no Paraná para viver no Rio de Janeiro. Eles alugam um apartamento em Copacabana e fazem o possível para pagar a faculdade e manter vivos seus sonhos de sucesso na capital fluminense. Mas o dinheiro está curto e o aluguel está vencido. Para sair do buraco e manter o apartamento, os amigos adotam uma estratégia heterodoxa: arrecadar fundos por meio de jantares secretos, divulgados pela internet para uma clientela exclusiva da elite carioca. No cardápio: carne humana. A partir daí, eles se envolvem numa espiral de crimes, descobrem uma rede de contrabando de corpos, matadouros clandestinos, grã-finos excêntricos e levam ao limite uma índole perversa que jamais imaginaram existir em cada um deles.”

Tive uma excelente experiência de leitura com a obra “O Vilarejo” e tenho certeza que eu iria adorar essa história louca desenvolvida pelo Raphael Montes. Espero poder resenhá-lo em breve.

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#2– “Mestre das Chamas” de Joe Hill (Arqueiro)

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Uma pandemia global de combustão espontânea, que ninguém sabe exatamente como começou, está se espalhando como rastilho de pólvora, e nenhuma pessoa está a salvo. Todos os infectados apresentam marcas pretas e douradas na pele e a qualquer momento podem irromper em chamas. Nos Estados Unidos, uma cidade após outra cai em desgraça. O país está praticamente em ruínas, as autoridades parecem tão atônitas e confusas quanto a população e nada é capaz de controlar o surto. O caos leva ao surgimento dos impiedosos esquadrões de cremação, patrulhas autodesignadas que saem às ruas e florestas para exterminar qualquer um que acreditem ser portador do vírus. Do aclamado autor de A estrada da noite , este livro é um retrato indelével de um mundo em colapso, uma análise sobre o efeito imprevisível do medo e as escolhas desesperadas que somos capazes de fazer para sobreviver.

Durante algum tempo da minha vida estive viciado em Joe Hill (li “O Pacto” e “Estrada da Noite” e lembro que adorei as leituras). O tempo passou e esqueci de pesquisar sobre suas obras novas. Recentemente recebi uma indicação de leitura de “Mestre das Chamas” e, pelo que ouvi, acredito que seja uma leitura bem interessante.

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#3 – “A Sutil Arte de Ligar o Foda-se” de Mark Manson (Intrínseca)

41r4gazgobl-_sx326_bo1204203200_Chega de se torturar para pensar positivo enquanto sua vida vai ladeira abaixo. Chega de se sentir inferior por não ver o lado bom de estar no fundo do poço. A grande verdade é que às vezes nos sentimos quase sufocados diante da pressão infinita por parecermos otimistas o tempo todo. Ninguém pode fracassar simplesmente, sem aprender nada com isso. E é aí que entra a revolucionária e sutil arte de ligar o foda-se. Mark Manson usa toda a sua sagacidade de escritor e seu olhar crítico para propor um novo caminho rumo a uma vida melhor, mais coerente com a realidade e consciente dos nossos limites. Como um verdadeiro amigo, Mark se senta ao seu lado e diz, olhando nos seus olhos: você não é tão especial. Ele conta umas piadas aqui, dá uns exemplos inusitados ali, joga umas verdades na sua cara e pronto, você já se sente muito mais alerta e capaz de enfrentar esse mundo cão. Uma abordagem franca e inteligente que vai ajudar você a descobrir o que é realmente importante na sua vida, e f*da-se o resto.

Não li muitos livros de auto-ajuda na minha vida, mas esse me chamou a atenção pela sua bela capa e título. Imagino que deva ser um livro engraçado e útil, na medida do possível.

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